sexta-feira, 13 de abril de 2007

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO – ESPÍRITO SANTO


Curso: Educação Física
Disciplina: História da Educação Física
Professor: Marcelo Ribeiro






SEMINÁRIO “IDADE MODERNA”





Alunos do 5º período:
Brígida Zambon Barbosa 13709
Florence Pascoal 13717
Inaê Santos Lopes 13729
Jader Castelan Marques 13639
Jussara Fiorio Careta 13759
Macário Secco 13765
Rafael Capucho Morais 13718
Roberta R. Fernandes 13725
Valquiria Silva Cardoso 13708




Cachoeiro de Itapemirim
Abril / 2007
Brígida Zambon Barbosa
Florence Pascoal
Inaê Santos Lopes
Jader Castelan Marques
Jussara Fiorio Careta
Macário Secco
Rafael Capucho Morais
Roberta R. Fernandes
Valquiria Silva Cardoso









SEMINÁRIO “IDADE MODERNA”

















Cachoeiro de Itapemirim
Abril / 2007







Sumário





Introdução ------------------------------------------------------------ 4

Desenvolvimento --------------------------------------------------- 5

Conclusão ------------------------------------------------------------- 8

Bibliografia ------------------------------------------------------------ 9

Anexos -----------------------------------------------------------------10





Introdução




É bastante comum à discussão hoje sobre o corpo, em qualquer que seja a dimensão. Cresce-se o culto a beleza, a busca pelo corpo perfeito, o alcance de recordes, o uso de anabolizantes e aparelhos de ginástica, comprimidos milagrosos que fazem emagrecer. Mas será que foi sempre assim? E a Educação Física e os esportes possuíam alguma importância no passado?
Aqui se concentra o ponto crucial desta pesquisa, mais precisamente, objetiva-se relacionar corpo e Idade Moderna, levantar discussões, apontar criticas. Enfim, conhecer como o corpo era visto nesta época da História.






Desenvolvimento

A Idade Moderna compreende o período que vai de 1453 à 1789. O fim do Império Bizantino é o evento que dá fim a Idade Média e inicio da Idade Moderna. A Idade Moderna na verdade pode ser considerada como um período de transição que valorizou o comércio e a capitalização, que serviam de base para o desenvolvimento do sistema capitalista. Era conhecido como estado absolutista, porque o poder estava concentrado nas mãos de poucos que usavam as limitações dos grupos sociais dominantes para controlarem a política.
O estado dependia dos impostos arrecadados sobre as atividades comerciais e manufatureiras, onde buscava garantir o seu desenvolvimento comercial e financeiro. Como na Idade Moderna o homem não podia questionar sendo o submisso a Deus aceitando todas as verdades, agora com o crescimento do comércio e das cidades surge a burguesia, na busca do poder econômico. Esses novos homens modernos já realizavam descobertas em diferentes campos, como a astrologia, física, química e medicina, saciando sua sede de conhecimentos. Em razão disso obtiveram cura para varias doenças, novas técnicas foram apresentadas aos artesãos e máquinas movidas pelo vento ou pela água eram usadas na fabricação dos tecidos, mal sabia o homem que posteriormente sua própria invenção iria tomar seu lugar, dispensando seu trabalho físico.
O homem sempre teve interesse no seu próprio corpo, assim o período da chamada “Renascença”, faz explodir novamente a cultura física, as artes a musica, a ciência e a literatura. A beleza do corpo, antes pecaminosa na Idade Média é novamente explorada. É aqui que surgem artistas como Leonardo da Vinci, responsável pela criação utilizada até hoje das regras proporcionais do corpo humano. Nesse período, estudava-se anatomia e a escultura de estatuas famosas como a de Davi, considerada tão perfeita que os músculos pareciam movimentar-se. É nesse período também que a Educação Física volta a escola.
Vários estudiosos da Idade Moderna, entre eles pedagogos, contribuíram para a evolução do conhecimento da Educação Física com publicações na área da pedagogia, fisiologia e a técnica. Foi aqui que surgiu um grande movimento de sistematização da ginástica, ela que se confunde com a historia do homem. Entendida como a pratica do exercício físico vem da pré-história, afirma-se na antiguidade, estaciona-se na Idade Média e fundamenta-se na Idade Moderna.
Continuando com a Era Renascentista, os estudos sobre o corpo, a biomecânica e toda uma filosofia de apoio a Educação Física, começaram a se expandir, onde os exercícios físicos eram vistos como ideal de uma educação cortesã.
A Educação Física e com ela o incentivo a pratica de tradicionais jogos populares, submetiam-se a uma crescente regulamentação, resultando na invenção de diversas modalidades esportivas. Algumas modalidades esportivas atuais como basquetebol e voleibol, fora criados nesta época, mas outras são resultados da evolução de praticas lúdicas de origem passadas como futebol e varias formas de corridas. O que difere os esportes modernos dos anteriores são a natureza e a finalidade destes.
As difusões dos exercícios físicos e da gestação dos esportes modernos estão relacionadas a três fatores. O primeiro e mais importante é a Revolução Industrial, onde o advento das maquinas, maior velocidade de produção e o trabalho em equipe, a divisão técnica de tarefas, estimulou burguesia a promover os esportes praticados coletivamente como instrumento de uma pedagogia da sociedade industrial nascente.
Também com o advento das maquinas, o trabalho físico do homem foi sendo desnecessário e o numero de trabalhadores foi reduzido, pois um mesmo homem realizava uma única função, chegando ao final do dia de trabalho tão mecanizado que praticamente seus músculos se contraiam sozinho realizando tal movimento. O segundo fator seria a Revolução Newtoniana responsável pela imposição de uma consciência de medição precisa do tempo. Valorizando os recordes. Finalmente o terceiro fator foi a valorização do trabalho e do esforço individual em detrimento a atitude sedentária e contemplativa difundida pelo catolicismo.
Com toda essa expansão dos esportes, o tempo livre e o consumo de serviços de lazer propiciaram o crescimento constante dos esportes, seja como pratica saudável ou como espetáculo.
Bem claro exemplo é o atletismo na época formas de corrida era o espetáculo que mais dominava, onde homens treinavam bravamente para estabelecerem recordes e onde toda a sociedade presenciava aquela bela disputa.
Também na Idade Moderna, deve ser exaltado como o corpo das crianças era tratado na escola. A disciplina era imposta através do sofrimento físico, onde os alunos eram chicoteados, espancados, caso não fossem precisos, exatos nas respostas. Uma verdadeira “miséria e violência pedagógica.” E por mais simples e necessários ao desenvolvimento global da criança, jogos, atividades como correr, piques, brincadeiras eram proibidos na escola.
Aqui se faz um questionamento: Como então essa criança poderia se tornar um adulto com coordenação, equilíbrio e tantas outras qualidades e valências físicas?
É bom salientar que ainda hoje muitos professores privam seus alunos de seu desenvolvimento motor. Trata-se de uma questão a ser refletida.










Conclusão

Qualquer que seja o recorte feito na história, deve ser feito não só por de anos, mas por tendências e maneiras de ver o mundo na humanidade.
A representação do corpo não pode ser conformada somente em períodos de tempo, mas principalmente na maneira e conduta da sociedade, dos valores impostos ao corpo. Assim, na Idade Moderna o corpo era representado de formas diferentes na industrial, na escola, na competição dos esportes.
Portanto, torna-se inquestionável que a visão de corpo sofre constantes evoluções a ponto de que hoje já não se vê o corpo como se viam a séculos passados. Basta então imaginar como será visto e utilizado o corpo no futuro. Eis aqui uma preocupação que só será se nada se esse instrumento que marca a história.




Referência Bibliográfica



MANACORDA, M. A. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. 11ed. São Paulo: Cortez, 2004. p 203-221.



NETO, A.F. Pesquisa Histórica na Educação Física. vol 3. Aracruz, 1998










Anexos

Questões:


História da Educação Física
Idade Moderna

Perguntas

1. Dentre todo conteúdo histórico que sustenta a teoria e a prática educativa, o que justifica o uso da sátira e da utopia a este assunto?
R: A idealização de projetos, que para a realidade educacional é difícil dizer se esses são realizáveis ou puramente fantasia.


2. A Educação Física nos dias atuais, ainda está sendo motivo de ridicularização através dos vícios e defeitos de seus profissionais. O que não é diferente para as realidades das escolas quando nos referimos à relação professor-aluno. Com isso, a partir da leitura do texto da Idade Moderna, cite dois motivos para tanta ridicularização nas escolas.
R: A grave indisciplina escolar e a miséria e violência pedagógica.



3. Na literatura de Romeu e Julieta existe um contraponto onde o amor se mostra oposto à escola. Qual seria o verso que traduz essa afirmativa no marco histórico?
R: “Amor corre para amor, como as crianças fogem da escola, mas amor se afasta do amor com olhos tristes, como criança vai a escola” (ATO II, cena 2).


4. Nas literaturas se abordaram os dramas referentes a escola, seus mestres e as malandragens dos alunos. Descreva uma passagem que mostrem essas “malandragens” em formas de brincadeiras escolares.
R: “Durante o verão, apanhava grilo nos campos e os levavam as escondidas para escola, onde cantavam para nós uma linda serenata; durante o inverso roubava poeira de heléboro e espalhava no lugar onde costumava castigar os meninos, de nodo que, se algum obstinado se rebelasse como acontecia frequentemente, a minha poeira se levantava para o ar e me proporcionava um belíssimo passatempo, fazendo todo mundo espirrar”.


5. Segundo o autor, o que vem a ser prejudicial ao bem da educação do jovem? Exemplifique.
R: É prejudicial ao jovem que odeie o mestre, fuja da escola, brinquem em qualquer lugar, se escondam atrás dos muros da escola, no tempo que estão entretidos em praticas ociosas, poderiam está estudando.


6. O autor cita jogos proibidos na escola. Dê cinco exemplos desses jogos.
R: Brincar de 31, fazer barquinho de papel, caçar moscas, levar peteca para brincar, pintar flores, caçar grilos, entre outros.


7. Indique o nome de um protagonista da Idade Moderna, suas críticas e sua principal utopia positiva.
R: Protagonista: Bacon, no entanto sua crítica é sobre os erros tradicionais, a insistência sobre a experiência concreta e a pesquisa sobre uma nova classificação das ciências são ainda válidas. Assim, sua utopia positiva é caracterizada pela proposta de uma “casa de Salomão”, dedicada ao estudo e à observação das obras e das crianças de Deus, para qual evoca uma passagem da bíblia, em que Salomão é exaltado pelos conhecimentos científicos.


8. Quais foram às três grandes invenções da Idade Moderna? Porque foram importantes para a sociedade naquela época?
R: A imprensa, a bússola, e a pólvora para tiro. De um modo geral essas invenções tiveram grande importância, pois condicionaram a difusão da cultura e a exploração e conquista da terra. É a futura sociedade industrial onde a ciência e técnicas predominam e mudam o mundo, com suas academias como centro de pesquisas científicas, se opondo as universidades.


9. O que é a aliança pedagógica dos “sectários e revolucionários”?
R: É uma união a qual os participantes são compostos pelos rigorosos representantes da nova ciência e os grandes revolucionários da nova burguesia. Essa união se acordou pelo fato da busca de um novo mundo.


10. Quais eram a segunda e a terceira carreiras educativas?
R: A segunda é a de um clérigo “Prae Iacopineus”. Ao contrario de Baldus, que depois de três anos lia Virgilio. A terceira educação ou padéia é aquela, autobiográfica, do próprio autor de Baldo, disfarçada em Merlim Cocai.


11. De acordo com o texto lido, qual foi o escritor burguês que se entusiasma pela descoberta das vogais, e fica todo feliz em poder falar em prosa?
R: Cálias, já que esse tipo de parodia segue uma linha de tradição do próprio Calias.


12. No plano da prática didática qual a elaboração de um Orbis pictus e Schol ludus?
R: O Orbis pictus é concebido como uma atlas cientifico ilustrado onde faz as crianças imaginarem as coisas, já o Schola ludus é um texto que utiliza a didática da dramatização, onde faz as crianças recitarem ativamente os personagens da historia.


13. O que é sátira?
R: É o pressuposto ideal daquelas projeções que o primeiro autor não existe em lugar nenhum.


14. Qual a passagem no texto em que vemos a preocupação da mãe de Baldus em relação a sua educação escolar?
R: “Como bom cavaleiro camponês, Baldus só pensava em brigar com os colegas, mas a mãe lhe procurava papel e tabuinha para ir a escola aprender o bê-á-bá”.


15. Por que o jovem senhor Turena é um exemplo para nós, futuros profissionais da área da Educação Física?
R: Turena era conhecido como Ginasta, era escudeiro, conhecido na arte de cavalgar, na caça e na natação e quando chovia ficava em casa exercitando a arte da escultura e pintura e visitando as oficinas dos artesãos. Possuía uma desenvolvida expressão corporal e procurava está em movimento diariamente.







Sinopses dos filmes


Sinapse do filme “Tempos Modernos” (Charles Chaplin)
No filme Tempos Modernos, Charles Chaplin faz uma crítica às transformações sociais e culturais advindas da segunda revolução industrial e o modo de produção fabril nas primeiras décadas do século XX. O filme começa mostrando Carlitos (personagem de Chaplin) trabalhando como operário numa típica fábrica de linha de montagem. O processo repetitivo do movimento de apertar os parafusos das peças com uma chave de rosca faz com que o personagem fique estressado e passe a repetir aquele movimento o tempo todo. Uma parte interessante do filme foi quando Carlitos atrapalhadamente é sugado para dentro das engrenagens da máquina. Nas cenas da fabrica percebemos também a crítica que Chaplin faz ao controle do tempo. O homem se torna escravo do relógio, tendo seu tempo exato para o trabalho, e para as pausas, que, aliás, são reduzidas cada vez mais, e até mesmo numa tentativa de eliminá-la por completo, como na cena em que o dono da fábrica faz o teste de uma máquina que permite que seus operário comam enquanto ainda estão trabalhando. É a utilização da tecnologia pra sistematizar cada vez mais o tempo. Outra situação que Chaplin antecipa nesta parte do filme é a constante vigilância. O dono observa tudo o que acontece em sua fabrica através de um sistema interno de vídeo, como se fosse o Big Brother. Sofrendo de stress, Carlitos vai parar numa clínica de reabilitação. Quando sai de lá, encontra uma situação de total desemprego. De volta as ruas, ele acaba acidentalmente sendo confundido com um líder comunista e é preso. Aqui vemos um dos poucos momentos em que a crítica de Chaplin se volta para o socialismo ao invés do capitalismo. Na prisão temos uma grande ironia. No momento em que será solto, Carlitos diz ao delegado que prefere continuar na prisão. É como se ele se sentisse mais livre lá dentro, do que no mundo lá de fora. Mas ele tem que seguir a regras do sistema, e acaba saindo da prisão. Lá fora ele irá conhecer uma moça órfã que irá desencadear a segunda parte do filme, onde a crítica se volta para o modo de vida burguês com o seu ideal de família, com o homem provedor, que trabalha fora para sustentar a esposa e os filhos, e a mulher dona de casa, protetora do lar. Por fim, Carlitos tenta ao fim do filme, trabalhando como garçom, mais uma vez se integrar ao modo de vida capitalista. Mas ele, diferente da órfã, não se adapta aquela "vida moderna". O que podemos destacar dentro da Educação Física são as repetições de movimentos, na fabrica, que o personagem executava que causaram a ele o chamado estresse do trabalho. Essas repetições contínuas nos tempos atuais causam a LER (Lesão por esforço repetitivo) e DORT. Para se trabalhar a prevenção dessas doenças e lesões, existe a Ginástica Laboral, ministrada pelos Educadores Físicos.




Atas das reuniões

Dia 12 de março de 2007
Todos participantes compareceram e foram divididas as tarefas

Dia 23 de março de 2007
Todos os participantes compareceram, onde foi realizado a divisão dos grupos para ir a procura do material do teatro e assistimos o filme.

Dia 26 de março de 2007
Todos os participantes do grupo compareceram para o ensaio do teatro e assistimos novamente o filme .

Dia 29 de março de 2007
Todos os participantes do grupo compareceram para o ensaio do teatro e aprimorar o trabalho para a apresentação.

Dia 10 de abril de 2007
O grupo se reuniu para acabar a montagem to trabalho escrito e fazer a avaliação do grupo.




Tabela de avaliação





Acadêmicos Avaliação do Grupo Avaliação do Professor
Brígida Zambon 3,5
Flórence Paschoal 4,0
Inaê Santos Lopes 3,5
Jader Castelan Marques 3,5
Jussara Fiorio Careta 4,0
Macário Secco 3,5
Rafael Capucho Morais 3,5
Roberta R. Fernandes 3,0
Valquiria Silva Cardoso 3,5

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